quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cordel!

O cacau em Ilhéus

Preste atenção meu sinhô
Uma história vou contar
De uma riqueza com louvor
Que aconteceu nesse lugar
Uma região cacaueira
Frutífera pra danar

No tempo dos coronel
O cacau era riqueza
Alimentava todos nós
E nos tirava da probreza
Olhe para isso,meu povo
Mas que linda grandeza

Os barões daquela época
Eram rico pra daná
Esabamjavam o dinheiro
Pra tudo quanto é lugar
E o dinheiro era tanto
Que sobrava pra doar

Iam pro Rio de Janeiro
Salvador, a capitá
Estudar fora os fios iam
E comandar o povão
Da terra do cacau em flôr

O cacau era colhido
De uma forma manual
Arrancados com podão 
Fruto caído do chão
Catadô com seu caçuá
Nao deixava nada passá

Juntado os belos frutos
Dourados em alta ruma
Ia tudo sendo quebrado
Dentro dos cochos jogado
Caixa grande de madeira
O cacau era fermentado

Fermentado as amêndoa
Era levado pra barcaça
Barcaceiro vê o Sol
Pisa cacau sem pirraça
Cacau seco,ensacado
Chocolate vai virá

Depois o tempo se passou
A coisa tava boa demais
O que ninguém percebeu
Foi a praga vindo por trás
Uma coisa muito ruim
Pra ninguém esquecer já mais

A praga foi se espalhando
Não tinha como detê-la
Cada vez mais perigosa
Nos mandando pra pobreza
Não havia o que fazer
Para voltar pra riqueza

A bicha nos atacou
Não tinha o que fazer mais
O povo se desesperou
Pois ela derrubou os cacais
Tanta infelicidade
Que não se acabava mais

A vassoura-de-bruxa
Tava com muito poder
Por onde ela passava
Fazia do povo um miserê
De região em região
Fazia o fruto apodrecer

Todo mundo preocupado
Ai meu Deus o que fazê

Com essa vassoura-de-bruxa
Que veio nos enlouquecê
Matando os pé de cacau
Pra nunca mais colhê

A praga continuou
Com seu poder marginal
Derrubou nossos cacaus
E abaixou nosso astral
E agora o que fazê
Com essa praga do mal

Os cacaus ficaram ruim
O povo empobreceu
E agora meu sinhô
Isso já mais aconteceu
Ou fou muito azar
Ou foi castigo de Deus

O coroné ficou triste
Não sabia o que faz^e
Tinha que jogar fora
Pois,não podia vendê
O cacau se acabou
E dessa vez foi pra valer

A danada da vassoura
Brocava todo o cacau
E ela veio de galope
da Amazônia florestal
E logo se alastrou
Foi um verdadeiro horror

E se alguém dissese
"Minha roça num tem praga"
É porque quer enganâ
Ou não pisa na roça
Há um tempo pra daná
Mas que coisa é essa sô

Ilhéus que sempre viveu
Dessa glória do cacau
Tinha então arrumar
Um jeito de melhorá
Um investimento bom
Eles tinha que inventá

Acabou a tal colheita
Acabou tudo de uma vez
O que produzir então
Além do fruto dourado
Vou contá o que se fez
Na terra de Jorge Amado

Foi com muita rapidez
Que descobriram
então
Que esse tal turismo
Era a atração da região
Da região Nordenstina
Brilhante e divina

Na temporada seguinte
O turismo dominô
Fonte de uma riqueza
Praias,coqueirais sim sinhô
Ô terra de grande beleza
Venha visita seu dotô!

Autores:Ian Loureiro
             João Vitor Varjão
             Tiago Pereira
             Patricke Amorim

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Águas do Almada

Águas do Almada!

Eu nasci as margens do rio Almada
Um rio que corre manso
E que no mar desagua
Rios cheios de peixes
Águas cristalinas
Muitas cachoeiras
Para os banhos das meninas
As lavadeiras que lavam
Roupas sem fim
Essa história termina aqui!

Autor:Ian Loureiro.